Acoetidae ist der Name einer Familie langer, röhrenbildender, räuberischer Vielborster (Polychaeta), die in Meeren weltweit zu finden sind.
Die Vielborster der Familie Acoetidae haben zahlreiche Segmente und werden bis zu 30 cm lang und 4 cm breit. Sie leben in faserigen Röhren aus langen seidenartigen Chitinfäden, die von Spinndrüse der Segmente abgeschieden und spiralig verwoben werden. Anders als bei allen anderen Röhrenwürmern fehlt diesen Röhren eine häutige Abgrenzung.
Die Acoetidae haben einen wohl entwickelten Kopf, bei dem das Prostomium und das erste tentakeltragende Segment mehr oder weniger verschmolzen sind und an dem lange, gelenklose Palpen, laterale und mediane Antennen, 2 Paar Tentakel-Cirren und Augen sitzen. Die bei manchen Arten sehr großen Augen können direkt auf dem Kopf oder vorn auf vorragenden Ommatophoren sitzen. Ein Paar Nuchalorgane ist vorhanden. Das Peristomium wird lediglich von den Lippen um den Mund herum gebildet und ist vom ersten Segment umgeben, dessen Parapodien denen der anderen Segmente ähneln, aber mit der Basis des Prostomiums verschmolzen sind. Die Neuropodien sind deutlich länger als die Notopodien. Wie bei anderen Aphroditiformia (darunter Polynoidae und Aphroditidae) sitzen auch bei den Acoetidae an zahlreichen Segmenten an Stelle der dorsalen Cirren als Elytren bezeichnete paarige schuppenartige Strukturen, doch sind ventrale Cirren stets vorhanden. Am Pygidium sitzt ein Paar Cirren.
Der ausstülpbare, muskulöse, axiale Pharynx trägt zwei Paar dorsoventral ausgerichtete Kiefer, und um den Mund sitzen Endpapillen. Eine Kehlmembran fehlt, und der Darm hat Blindsäcke. Metanephridien sind vorhanden.
Die Acoetidae sind in allen Meeren mit Ausnahme arktischer und antarktischer Gewässer von der unteren Gezeitenzone bis in Tiefen von etwa 1500 m verbreitet.
Die Tiere sind Fleischfresser, die ihre Beute mit ihren Kiefern packen, indem sie ihre Wohnröhre teilweise verlassen und sich dann wieder in diese samt Beute zurückziehen.
Die Acoetidae sind getrenntgeschlechtlich, produzieren also entweder Spermien oder große dotterreiche Eier, doch ist ihr Paarungsverhalten ebenso unbekannt wie ihre larvale Entwicklung.
Eine vergleichsweise gut untersuchte Art der Acoetidae ist der unter anderem im Mittelmeer verbreitete Polyodontes maxillosus, der mit seinen Kiefern auch nach Fischködern schnappt.
Die Familie Acoetidae wird in 11 Gattungen unterteilt:[1]
Acoetidae ist der Name einer Familie langer, röhrenbildender, räuberischer Vielborster (Polychaeta), die in Meeren weltweit zu finden sind.
Acoetidae is a family of polychaete worms in the order Phyllodocida.
Acoetidae is a family of polychaete worms in the order Phyllodocida.
Les Acoetidae sont une famille de vers marins polychètes.
Selon World Register of Marine Species (3 mars 2021)[1] :
Les Acoetidae sont une famille de vers marins polychètes.
Acoetidae é uma família dentro da subordem Aphroditiformia, da ordem Phyllodocida e classe Polychaeta. Foi descrita inicialmente por Hermann (1918) [1] e atualmente conta com 11 gêneros. Além de poder chegar a 1m de comprimento, é uma família característica do ambiente marinho e apresenta comportamento epifaunal detritívoro [2].
Embora Acoetidae apresente uma ampla distribuição, abrangendo diversas regiões marinhas do globo, desde águas intersticiais até profundidades de até 1500 metros, espécies desta família usualmente estão presentes em regiões temperadas e tropicais de águas mornas [3]. De forma geral, pode-se destacar as seguintes [2]:
Atlântico Ocidental: Carolina do Norte até a Flórida, Bahamas, Golfo do México, Panamá, Índias Ocidentais, Mar do Caribe, Brasil e Argentina.
Atlântico Oriental: Noruega, Suécia, Mar Mediterrâneo e Mar Adriático e região oeste e sul da África.
Oceano Índico: Mar Vermelho, Mar Arábico, Madagascar, Maldivas, Baía de Bengala, Golfo da Tailândia.
Pacífico Norte: Mar Amarelo, Mar do Sul da China, Japão, Filipinas, Havaí, Califórnia, México.
Pacífico Sul: Austrália, Indonésia, Ilhas Salomão, Equador.
Acoetidae geralmente apresenta um corpo alongado, vermiforme e achatado dorsoventralmente. Uma das características mais marcantes desta família é o tamanho que, algumas espécies, que podem variar entre 40 milímetros até mais de 1 metro. Seu prostômio é mais ou menos fusionado com o primeiro segmento, sendo ornamentados com diversas estruturas sensoriais, como por exemplo palpos, antenas, cirros prostomiais e olhos (omatóforos). Sua faringe possui uma “argola” de papilias sensoriais e dois pares de mandíbulas robustas [2]. Os élitros, geralmente pequenos, apresentam formato circular ou oval, estão presentes a partir do segundo segmento e alternam-se com cirros dorsais (à exceção do 2° e 3° pares, que são consecutivos nos segmentos 4 e 5, respectivamente). A superfície dorsal destes animais é sulcada transversalmente; os sulcos são finos e próximos entre si. Já a superfície ventral é lisa, ou seja, não contém ornamentações. Normalmente os segmentos com quetas (cerdas) apresentam cirros ventrais curtos, mas é possível encontrar cirros mais longos no segundo segmento (bucal), lateralmente à boca [2].
Os parapódios dessa família apresentam glândulas fiadoras, que produzem uma espécie de fio (misturando-os com areia, argila ou lama) usado para a formação das paredes dos tubos subterrâneos onde estas espécies se abrigam [2][4]. Ademais, são parapódios birremes, embora seja difícil identificar, dado que seus ramos são muito próximos, de modo que possa ser entendido erroneamente como unirreme [2]. A parte posterior apresenta pigídio com um par de cirros anais [2]. Por fim, as suas quetas apresentam suporte na acícula e são simples [5]; notoqueta capilar ou pseudopenicilada [4]; neuroqueta grossa.
Membros dessa família são muitas vezes encontrados em sedimentos moles dentro de tubos que eles mesmos construíram. Os tubos, por sua vez, são uma mistura de secreções mucosas e fibrosas com sedimentos e areia. Por apresentarem um número de amostras bentônicas reduzido, o material de publicação sobre esta família é limitado. Ainda sim, de modo geral, ocorrem de forma mais abundante em águas de profundidade moderada a águas profundas [6] e estão presentes em locais de água mais quente e tropicais [3].
Em relação ao comportamento predatório, representantes desta família são animais carnívoros com padrão de predação “senta e espera,” não saem de seus tubos mais do que parcialmente enquanto se alimentam [6]. Interessantemente, foi observada uma espécie que, quando estressada, se posiciona de modo que sua cabeça fique dentro e a parte posterior do corpo fique para fora do tubo, na entrada [2]. No entanto, de modo geral, quando em posição de ataque, os vermes buscam ficar com apenas a cabeça e os palpos para fora, esperando sua presa se aproximar para utilizar o aparato de sua faringe eversível [2].
Espécies pertencentes a família Acoetidae, por construírem e viverem em tubos dentro d’água, abrigam uma diversidade grande de organismos, como por exemplo entoproctos que, presos nas paredes dos tubos, se utilizam das correntes d’água produzidas pelos poliquetas para processos de respiração e alimentação. Porém, outros entoproctos se ancoraram nas pontas das cerdas do poliqueta escamoso [2].
Outra ocorrência interessante foi a de um grupo de gastrópodes localizados entre as escamas de um indivíduo, em uma relação comensal, uma vez que estes gastrópodes eram herbívoros e detritívoros, realizando uma espécie de limpeza no anelídeo.Ainda dentro de Mollusca, uma espécie de bivalve foi encontrada no espaço entre os parapódios de uma espécie (Euarche tubifex) de poliqueta escamoso da família Acoetidae [2].
Por fim, vale ressaltar que os acoetídeos se relacionam com outras espécies dentro de Aphroditiformia, sendo as mais comuns pertencentes à família Polynoidae. Os polinoides se utilizam dos tubos construídos pelos acoetídeos, numa relação comensal[2].
Eulephetidae
Aphroditidae
Sigalionidae
Sigalionidae
Pholoidae
Iphionidae
Polynoidae
Panthalis
Polyodontes
Eupolyodontes
Eupanthalis
Com base em estudos de caracteres morfológicos, Acoetidae foi primeiro considerado grupo irmão de Aphroditidae, fazendo parte do clado Aphroditoidea. No entanto, análises moleculares combinadas com análises morfológicas puderam melhor precisar a posição de Acoetidae dentro de Aphroditiformia. Posteriormente, o clado Acoetidae + Aphroditidae foi descartado e a família foi posicionada como grupo irmão de Polynoidae. Atualmente, a família é tida como grupo irmão de Iphionidae, juntas formando um grupo irmão com Polynoidae [4]. É importante reconhecer, no entanto, que a maior parte das espécies dessa família foi descrita com base em um único espécime [8].
Gêneros [9]:
Acoetes Audouin & Milne Edwards, 1832
Euarche Ehlers, 1887
Eupanthalis McIntosh, 1876
Eupolyodontes Buchanan, 1894
Neopanthalis Strelzov, 1968
Panthalis Kinberg, 1856
Polyodontes Renieri in Blainville, 1828
Restio Moore, 1903
Zachsiella Buzhinskaja, 1982
Acoetidae é uma família dentro da subordem Aphroditiformia, da ordem Phyllodocida e classe Polychaeta. Foi descrita inicialmente por Hermann (1918) e atualmente conta com 11 gêneros. Além de poder chegar a 1m de comprimento, é uma família característica do ambiente marinho e apresenta comportamento epifaunal detritívoro .