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Flautim-marrom ( Portuguese )

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Flautim-marrom[4] (nome científico: Schiffornis turdina) é uma espécie de ave passeriforme da família dos titirídeos (Tityridae). É endêmico de vários países da América Latina, dentre eles o Brasil, onde ocorre sobretudo na zona da Amazônia. Por ter uma área de distribuição muito ampla, é classificado como pouco preocupante na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN), mesmo embora se acredite que esteja em declínio populacional decorrente da perda de habitat.

Distribuição

O flautim-marrom está distribuído na Venezuela, Suriname, Guiana Francesa, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil.[5][6] Vive em florestas úmidas e moitas altas[1] até 1 700 metros de altitude.[7]

Descrição

Mede entre 15,5 e 17 centímetros de comprimento[8] e pesa em média 35 gramas. O dorso é castanho-oliva, com as asas e a cauda mais brilhantes e de tom avermelhado. A garganta e o peito são verde-oliva brilhante, muitas vezes com um tom ocre. Às vezes, a garganta é mais pálida abaixo e a região posterior cinza-oliva a marrom-oliva opaca. O bico é enegrecido com a base da mandíbula cinza. As pernas são cinza chumbo. A fêmea, sem a ajuda do macho, constrói o ninho, a uma altura de 1 a 1,5 metro numa palmeira espinhosa, num nó de cipós, numa pequena epífita ou na concavidade de um tronco fendido, que cobre com folhas. Põe 2 ovos amarelados ou creme, com manchas marrons, pretas ou lilás.[7]

Conservação

No Brasil, consta como vulnerável na Lista de espécies ameaçadas de extinção do Estado do Espírito Santo de 2005,[9] como vulnerável na Lista de Ameaça de Flora e Fauna do Estado de Minas Gerais de 2010;[10] e pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[11][12] Na entrada à espécie na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN), consta como pouco preocupante. Não há dados suficientes para determinar a quantidades de indivíduos que compõem suas populações, mas se presume que esteja em declínio devido à perca de habitat. Ainda assim, como está presente numa área de avistamento muito extensa, não é considerado, por hora, um animal em perigo de extinção, o que justifica sua classificação.[1]

Taxonomia

A espécie S. turdina foi descrita pela primeira vez pelo naturalista alemão Maximilian zu Wied-Neuwied em 1831 sob o nome científico Muscicapa turdina; localidade-tipo: "Bahia, Brasil".[3] Este gênero foi tradicionalmente colocado na família dos piprídeos (Pipridae). A Proposta n.º 313 ao Comitê de Classificação Sul-Americano (SACC), seguindo os estudos de filogenia molecular de Ohlson et al. (2007),[13] aprovou a adoção da nova família dos titirídeos (Tityridae), que inclui este gêneros e outros.[14] As subespécies anteriores S. turdina olivacea, S. turdina stenorhyncha, S. turdina aenea e S. veraepacis foram separadas de S. turdina e definidas como espécies completas seguindo os estudos moleculares e ultrassonografias de A. Nyári (2007)[1][15] e os estudos complementares de variação geográfica de vozes, localidades-tipo e itens prioritários de Donegan et al (2011).[16] A proposta n.º 505 ao Comitê de Classificação Sul-Americano foi aprovada em outubro de 2011, com as referidas alterações taxonômicas.[17] A subespécie amazonum é tratada como espécie completa pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO), mas não por outras classificações.[18]

Subespécies

De acordo com a classificação do Congresso Ornitológico Internacional (IOC) (Versão 6.1, 2016)[19] e a lista de Clements v.2015,[5] cinco subespécies são reconhecidas, com sua distribuição geográfica correspondente:[3]

Referências

  1. a b c d BirdLife International (2017). «Schiffornis turdina». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2017: e.T103677312A112299070. doi:. Consultado em 18 de abril de 2022
  2. «Schiffornis turdina (Wied-Neuwied, 1831)». Integrated Taxonomic Information System - Report (ITIS). Consultado em 18 de abril de 2022
  3. a b c «Thrush-like Mourner (Schiffornis turdina. IBC - The Internet Bird Collection. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 3 de dezembro de 2014
  4. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 213. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022
  5. a b Clements, J. F.; Schulenberg, T. S.; Iliff, M. J.; Roberson, D.; Fredericks, T. A.; Sullivan, B. L.; Wood, C. L. (2018). The eBird/Clements checklist of birds of the world. Ítaca, Nova Iorque: Laboratório Cornell de Ornitologia
  6. Howell, Steve N. G.; Webb, Sophie (1995). A Guide to the Birds of Mexico and Northern Central America. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Oxônia. ISBN 0-19-854012-4
  7. a b Elizondo, Luis Humberto (2000). «Schiffornis turdina (Wied, 1831) (Tordo-saltarín)». Especies de Costa Rica. INBio. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 27 de dezembro de 2012
  8. Schulenberg, Thomas S. (2007). Birds of Peru. Princeton: Imprensa da Universidade de Princeton. p. 496
  9. «Espécies ameaçadas de extinção no Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 1 de maio de 2022
  10. «Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais» (PDF). Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM. 30 de abril de 2010. Consultado em 2 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 21 de janeiro de 2022
  11. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018
  12. «Schiffornis turdina (Wied, 1788)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SIBBr). Consultado em 18 de abril de 2022
  13. Ohlson, J. I.; Prum, R. O.; Ericson, P. G. P. (2007). «A molecular phylogeny of the cotingas (Aves: Cotingidae (PDF). Molecular Phylogenetics and Evolution. 42: 25-37. Cópia arquivada (PDF) em 18 de abril de 2022
  14. «Propuesta (#313) ao Comitê de Classificação Sul-Americano». Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 8 de maio de 2008
  15. Nyári, Á. S. (2007). «Phylogeographic patterns, molecular and vocal differentiation, and species limits in Schiffornis turdina (Aves)». Molecular Phylogenetics and Evolution. 44: 154–164
  16. Donegan, T. M.; Quevedo, A.; McMullan, M.; Salaman, P (2011). «Revision of the status of bird species occurring or reported in Colombia 2011» (PDF). Conservación Colombiana. 15: 4-21. Cópia arquivada (PDF) em 18 de abril de 2022
  17. «Propuesta (#505) ao Comitê de Classificação Sul-Americano». Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022
  18. Piacentini, Vitor de Q.; Aleixo, Alexandre; Agne, Carlos Eduardo; Maurício, Giovanni Nachtigall; Pacheco, José Fernando; Bravo, Gustavo A.; Brito, Guilherme R. R.; Naka, Luciano N.; Olmos, Fábio; Posso, Sérgio; Silveira, Luís Fábio; Betini, Gustavo S.; Carrano, Eduardo; Franz, Ismael; Lees, Alexandre C.; Lima, Luciano M.; Pioli, Dimas; Schunck, Fábio; Amaral, Fábio Raposo de; Bencke, Glayson A.; Cohn-Haft, Mário; Figueiredo, Luiz Fernando A.; Straube, Fernando C.; Cesari, Evaldo (2015). «Annotated Checklist of the Birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista Comentada das Aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos». Revista Brasileira de Ornitologia. 23 (2): 91-298. ISSN 2178-7875. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022
  19. Gill, F.; Donsker, D. «Cotingas, manakins, tityras, becards». IOC – World Bird List. Consultado em 16 de abril de 2022
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Flautim-marrom: Brief Summary ( Portuguese )

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Flautim-marrom (nome científico: Schiffornis turdina) é uma espécie de ave passeriforme da família dos titirídeos (Tityridae). É endêmico de vários países da América Latina, dentre eles o Brasil, onde ocorre sobretudo na zona da Amazônia. Por ter uma área de distribuição muito ampla, é classificado como pouco preocupante na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN), mesmo embora se acredite que esteja em declínio populacional decorrente da perda de habitat.

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